PowerPoint. O software legal de ser mecher não é??
sempre gostei de fazer cartoes para as minhas amigas, só que eram com muita fotos, musica, etc. Nada haver com a apresentação que a senhora esta propondo. Já fiz apresentaçoes ano passado no PowerP. só que sempre exagerava de textos e fotos. Vi que ñ é a forma bem exata.
beijos.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Diário de aprendizagem 11ªaula
Postado por Ana Beatriz da costa às 12:57 0 comentários
Diário de aprendizagem 10ªaula
Olá, Professora, ñ irei mais no médico hj, irei amanha a tarde, e estou torcendo para que ele me libere, quero fazer logo essa prova e entregar o que tenho a entregar.
nessa aula tive dicas OTIMASSSS sobre Word, nossa, coisas muito legais mesmos que ñ sabia. Era exatamente essas aulas que queria, sobre as tecnicas, formatação etc.
O bom é que sou muito curiosa e persistente, fico testando em varios textos as dicas da senhora.
E estou me saindo bem. :)
beijos
Postado por Ana Beatriz da costa às 12:51 0 comentários
Diário de Aprendizagem 9ªaula
Para mim esse livro do Moran, ele soa como um "alerta", pelo menos para mim que estou me formando Pedagoga, que poderei ser: professora, orientadora pedagogica, gestora de uma escola, cordenadora de uma escola. E me pondo numa maneira a lidar indiferentes desses cargos citados, lidarei com e "sempre" com a realidade, ñ fecharei meus olhos para atualidade, encararei tudo de frente, dificuldades haverá sempre em meu caminho, mas elas as dificuldades só me vencerão se eu deixar, pois tenho muito, esse livro mostra isso, a tecnologia em si, é abrangente, mas ñ impossivel, e se ela está presente e mais tarde está muito mais, ñ podemos ignorar essa nova realidade, é um paradigma a enfrentar assim como o construtivismo na educação, algo novo e que se analisarmos BEMMMMM, os dois andam lado a lado.
Hoje, analisando com o que vejo na escola(faço estagio) o livro se encaixa em alguns aspectos na educação que observo hoje. Por exemplo:
Trabalho numa escola, educação infantil, fico só em uma sala, sou auxiliar de tres anos nela. E observo que a professora tras para as crianças coisas cotidianas, fotos figuras, na divercificada aparelhos telefonicos, teclados, controles remotos etc. A professora, tras revistas para eles folhearem, revistas atuais. ela trabalha com a realidade deles, uma vez no dia tem um momento que se chama roda de conversa, sempre sou eu que pergunto, converso com eles.
O que vem de bom, e que dá para relacionar com o livro é exatamente isso. A professora é excelente, vejo nas tecnicas dela muito do que eu aprendo na FASB, talvez porque ela fez FASB, rsrsrs. O uso do Portfólio, um método acredito eu construtivista, algo significativo, do cotidiano da criança, se foi trabalhado coisas DA REALIDADE da criança é nessa parte que relaciono com o livro.
Sempre baterei na mesma tecla, acredito muito, e finalizo minhas observaçoes, falando que. O construtivismo tem tudo a ver e ANDA lado a lado com a tecnologia.
Pois:
Construtivismo: é um método, que trabalha na criança o processo de aprendizagem, as "coisas" a serem trabalhadas A REALIDADE da criança, tudo que é significativo para criança. Em fim muitas caracteristicas.
Tecnologia: ATUALIDADE, em tudo há tecnologia.
RESUMO EM TOPICOS:
Antes de fazer meu resumo, quero dizer que gostei do autor, gostei do livro, ele pode ser trabalhado em várias disciplinas da faculdade, mas na de tecnologia "caiu como uma luva". E são poucos os tópicos, porque em poucos tópicos dá para fazer um resumo OBJETIVISSSSSSSSSIIIMMO, rsrsrrs, e resumido hsuahsaushuahsua =)
As palavras do Moran são fortes, sempre com um objetivo, smepre fundamentando sua linha de raciocinio, de facil entendimento.
RESUMO:
-muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais.
-a educação é o caminho fundamental para transformar a sociedade.
-as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula.
-ensinar é um processo social.
- a sociedade ensina.
- a familia ensina.
-a escola ensina.
- o educador autentico é humilde e confiante.
-as mudanças na educação dependem tambem dos alunos.
-APRENDEMOS MELHOR QUANDO vivenciamos, experimentamos, sentimos.
-a informação e o conhecimento estão ligados.
Postado por Ana Beatriz da costa às 12:10 0 comentários
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Diário de Aprendizagem - 8ª Aula
Professora, espero colocar tudo no blog, exatamente tudo o que foi proposto, só que estou tendo dificuldade em colocar na ordem...o que vem antes do que, por exemplo, a senhora pediu:
Relacionar o filme Mona Lina com o Livro Moran, os seguintes aspectos:
aos desafios de ensinar e educar com qualidade
as dificuldades para mudar na educação
caminhos que facilitam a aprendizagem
conhecimento pela comunicação e pela interiorização
o docente como orientador/mediador de aprendizagem
as propostas de utilização da televisão e do vídeo na educação escolar.
Depois a senhora não comentou mais sobre, vou por na 8ª aula. Acho que o que importa é que fiz.rsrsrs
Neste post, vou falar muita coisa, coisas de várias aulas, se ficar dificil de interpretar(esse meu medo), me de um toque. Obrigada. Beijao e bom feriado.
6 passos do filme, meu grupo escolheu HAPPY FEET, já foi mandado o nome no nosso grupo, inclusive o trabalho esta pronto só falta a parte do power point(a senhora vai explicar melhor na proxima aula, certo?).
Quero colocar meu mapa conceitual refeito no blog (formato paint), e vou fazer um post só p/ isso não sei se pode.
Sobre a relação do filme (MonaLisa) e o texto Moran, vou já colocar.(aqui mesmo).
Relacionar o filme Mona Lina com o Livro Moran, os seguintes aspectos:
O filme MonaLisa mostra pessoas que vivem numa tradição, no qual até hoje é seguida por muitos, principalmente pela escola. O texto tras supostas soluçoes para mudança, é um novo paradigma a enfrentar, e o filme mostra uma professora que segue a mesma linha de raciocinio de José Manuel Moran, portanto a relação dos aspectos a ressaltar são os mesmos para ambos.
- aos desafios de ensinar e educar com qualidade
Bom ressaltar, que, a sociedade ensina. Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa, ou idéia que vemos, ouvimos, sentimos, lemos, compartilhamos e sonhamos; quando aprendemos em todos os espaçoes que vivemos: na família, escola, no trabalho, no lazer etc. Ensinar e educar é participar de um processo, em parte, previsível, o que esperamos por exemplo de uma criança no fim de cada etapa e em parte, aleatório, imprevisível.
Definição de ensino de qualidade, segundo MORAN:
-uma organização inovadora, aberta, dinamica, com um projeto pedagógico coerente, aberto e participativo, com infra estrutura adequada, atualizada, tecnologias acessiveis, rapidas e renovadas.
-uma organização que congreguem professores bem preparados, intelectuais, emocionais e eticos.
-uma organização que tenha alunos motivados, preparados intelectualmente e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal.
- as dificuldades para mudar na educação
"Temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no organizacional, o que dificulta o aprendizado rapido. São poucos os modelos vivos de aprendizagem integradora, que junta teoria e pratica, que aproxima o pensar do viver "
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque desse contato saímos enriquecidos.
- caminhos que facilitam a aprendizagem
Aprendemos realmente quando nós conseguimos transforar nossa vida em um processo permanente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem.
- conhecimento pela comunicação e pela interiorização
Conhecer envolve muita coisa, algum delas são: conhecer é relacionar, integrar, contextualizar, saber, desvendar, é conseguir chegar ao nivel de sabedoria. Interagiremos melhor se soubermos interiorizar, se encontrarmos formas mais ricas de compreensão, que proporcionarão novos momentos de interação.
- o docente como orientador/mediador de aprendizagem
O papel do professor é fundamentalmente o de um orientador/mediador.
Orientador/mediador intelectual: Informa, ajuda a escolher as informaçoes mais importantes; Orientador/mediador emocional: Motiva, incentiva, estimula, organiza os limites, com equilibrio, credibilidade, autenticidade, empatia; Orientador/mediador gerencial e comunicacional: ajuda a desenvolver todas as formas de expressao, de interação, de sinergia, de troca de linguagens, conteúdo e tecnologias; Orientador ético: ensina a assumir e vivenciar valores construtivos, individual e socialmente.
- as propostas de utilização da televisão e do vídeo na educação escolar.
Começar com videos, mais simples, mais facies, partir para os mais complexos. Mostrar videos: como sensibilização, ilustração, simulação, com conteúdo de ensino, video com produção, integrando o processo de avaliação.
Postado por Ana Beatriz da costa às 11:24 1 comentários
Diário de Aprendizagem - 7ªAula
2003
..::..Direção: Mike Newell
..::..Roteiro: Lawrence Konner, Mark Rosenthal
..::..Gênero: Drama
..::..Origem: Estados Unidos» Duração: 117 minutos
..::..Tipo: Longa
.::Elenco ::.
Dominic West
Bill Dunbar
Julia Roberts
Katherine Ann Watson
Kirsten Dunst
Betty Warren
Julia Stiles
Joan Brandwyn
Maggie Gyllenhaal
Giselle Levy
O filme me fez sentir:
Que tudo por ter dois lados, O NEGATIVO e O POSITIVO, torna-se POSSIVEL de acontecer, de alguma maneira, pois, não imaginaria nunca que meninas que estudam em uma escola totalmente tradicionalista que visam somente a familia e nada mais, possam idolotrar uma mulher (professora) que visa o contrário delas. Portanto o que me fez sentir é que tudo é possivel, porque quando lidamos com seres humanos, se saber lidar corretamente alcançaremos o lado positivo de tudo.
(quis colocar)Citação do texto Moran:
"Educadores entusiasmados atraem, contagiam, estimulam, tornam-se próximos da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, respeitamo-os"(MORAN, 2006, p.62).
Só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, mvivencial. Só aprendemos profundamente dentro desse contexto. Não vale a pena ensinar dentro de estruturas autóritárias e ensinar de forma autoritária. Pode até ser eficiente a curto prazo - os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos programáticos, mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos(MORAN, 2006, p. 27).
Imagem que ficou do filme: Quando todas elas fazem o quadro de um vaso
e o final, onde as meninas seguem o carro(que leva Katherine Ann Watson) de bicicleta.
Frases: Isto é arte!!
Postado por Ana Beatriz da costa às 10:13 2 comentários
Questões...
1. O que você conservaira e o que mudaria na Educação atual?
2. Dê um exemplo de cada tipo de processamento de informação: lógico-sequencial, hipertextual e multimídico (explicando);
3. Qual a diferença entre informação e conhecimento?
Reflexões/Respostas
1. Mudaria tudo e conservaria nada, pois, segundo o texto de Moran, atualmente, temos um ensino em que predominam a fala massiva, um nº excessivo de alunos por sala, professores mal preparados, mal pagos, poucos motivados e evoluídos como pessoa. Sobre os aluno: temos muitos que mais valorizam o diploma do que o aprender, que fazem o minimo p/ serem aprovados, que esperam ser conduzidos passivamente e não exploram todas possibilidades que existem fora ou dentro da unidade escolar. Sobre a infro-estrutura: esta costuma ser inadequada, salas barulhentas, pouco material escolar avançado, tecnologias pouco acessíveis à maioria.
2. processamento de informação lógico-sequencial: é expressa na linguagem e na escrita, em sequencial espacal ou temporal, dentro de um código(linguagem), se estivermos concentrados em objetos específicos muito determinados, predominará provavelmente o processo sequencial.
processamento de informação hipertextual: podemos processar a informação de forma hipertextual, contando histórias, relatando situaçoes, ampliando-se. Sua construção é lógica, coerente, sequencial, mas que vai se ramificando em diversas trilhas possíveis.
processamento de informação multimídica: atualmente processamos mais a forma multimídica, a leitura é cada vez mais sequencial, as coneçoes são tantas que o mais importante é a visão ou leitura em flash, uma leitura rapida, dando assim uma interpretação rapida. O construção do conhecimento multimídico, é mais livre e menos rigido, passam pelo sensorial, pelo emocional, e pela organização do racional, uma organização provisória. Se temos de dar respostas imediatas, precisamos do processamento multimidico. Ex.: TV, diversos meios de comunicação.
3. A informação e conhecimento, primeiramente é importante ressaltar que estão ligadas. O conhecimento, se dá fundamentalmente no processo de interação, de comunicação. A informação é o primeiro passo para conhecer. Na informação, os dados estão organizados dentro de uma lógica, de um código. O conhecer/conehicmento, é integrar a irformação no nosso referencial, no nosso paradigma, apropriando-a, tornando-a significativa para nós. pois o conhecimento não se passa, o conhecimento cria-se, se constrói.
Postado por Ana Beatriz da costa às 09:28 1 comentários
Entrevista JOSÉ MANUEL MORAN
A questão fundamental prevalece sendo "interação humana", de forma colaborativa, entre alunos e professores. Continua a caber ao professor dois papéis: "ajudar na aprendizagem de conteúdos e ser um elo para uma compreensão maior da vida". Se o horizonte é o mesmo, os ventos mudaram de direção. É preciso ajustar as velas e olhar mais uma vez a bússola. E José Manuel Moran foi traçar rotas em mares nunca dantes navegados. A novidade é que "hoje temos a possibilidade de os alunos participarem de ambientes virtuais de aprendizagem". O grande desafio é "motivá-los a continuar aprendendo quando não estão em sala de aula".
Os educadores que não quiserem se lançar ao mar, muito apegados à terra firme, poderão ficar a ver navios. Mas não há mais porto seguro: o oceano de informações que a Internet disponibiliza aos alunos obrigará os professores a se atualizar constantemente e a se preparar para lidar com as múltiplas interpretações da realidade. Espanhol que atracou no Brasil, Moran abandonou por alguns momentos sua tripulação do curso de Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP e nos concedeu esta entrevista.
O senhor diz que não se deve esperar soluções mágicas da Internet. Que expectativas devemos ter das novas tecnologias na educação?
Prof. José Manuel Moran - Nós esperamos que a tecnologia — teoricamente mais participativa, por permitir a interação — faça as mudanças acontecerem automaticamente. Esse é um equívoco: ela pode ser apenas a extensão de um modelo tradicional. A tecnologia sozinha não garante a comunicação de duas vias, a participação real. O importante é mudar o modelo de educação porque aí, sim, as tecnologias podem servir-nos como apoio para um maior intercâmbio, trocas pessoais, em situações presenciais ou virtuais. Para mim, a tecnologia é um grande apoio de um projeto pedagógico que foca a aprendizagem ligada à vida.
Apesar de ser professor de novas tecnologias, o senhor acredita que, antes disso, há uma mudança mais urgente a ser feita no modelo de educação. Qual seria essa mudança?
Prof. José Manuel Moran - O que estamos vendo é que formas de educar com estrutura autoritária não resolvem as questões fundamentais. A questão não é tecnológica, mas comunicacional. A tecnologia entra como um apoio, mas o essencial é estabelecer relações de parceria na aprendizagem. Aprende-se muito mais em uma relação baseada na confiança, em que alunos e professores possam se expressar. Criar e gerenciar esse ambiente é muito mais importante que definir tecnologias. Embora eu trabalhe com elas, noto que o foco está na interação humana, presencial ou virtual. Preocupa-me muito a dificuldade que temos em estabelecer relações participativas, porque todos nós carregamos estruturas tremendamente autoritárias, sendo submissos ou dominadores, e reproduzimos isso na escola. A cultura da imposição, do controle, é talvez a barreira mais difícil de derrubar no processo pedagógico.
O senhor faz uma distinção entre ensino e educação, esta última sendo a integração do ensino com a vida. É evidente a maneira como as novas tecnologias podem contribuir para o ensino. Mas como elas podem contribuir para a educação?
Uma de suas experiências mais bem-sucedidas consiste em partilhar os resultados das pesquisas escolares pela Internet. Que mudança isso provoca no rendimento dos alunos?
Prof. José Manuel Moran - É uma concepção do aprender de forma cooperativa e não competitiva. A aprendizagem estava muito voltada só para conseguir notas, ver quem chegava primeiro. Dentro dessa visão — que não se dá apenas com a tecnologia, mas também na sala de aula comum —, a proposta é colocar a interação na prática. Hoje temos a possibilidade de os alunos participarem de ambientes virtuais de aprendizagem, tanto de uma forma simples, publicando um trabalho em uma página, quanto criando debates, fóruns ou listas de discussão por e-mail. Cada escola e cada professor, dependendo do número de alunos que ele tenha ou da situação tecnológica em que se encontra, pode buscar soluções mais adequadas. O importante é o foco, que o aluno e o professor sejam estimulados a fazer parte de um espaço virtual de referência que disponibilize o que é feito em sala de aula. Eu creio que essa área de visibilidade liberta a sala de aula do espaço e do tempo físico. Porque depois, fora da aula, pode-se encontrar um pouco do que foi dito pelo professor, o que foi feito pelos alunos.
O senhor afirma que as novas tecnologias exigem muito esforço dos professores e, por outro lado, defende que "o aluno já está pronto para a Internet". Em que aspectos o aluno estaria em vantagem em relação ao professor?
Prof. José Manuel Moran - Ele é privilegiado na relação que tem com a tecnologia. Ele aprende rapidamente a navegar, sabe trabalhar em grupo e tem certa facilidade de produzir materiais audiovisuais. Por outro lado, o aluno tem dificuldade de mudar aquele papel passivo, de executor de tarefas, de devolvedor de informações. Na prática, acaba assumindo um papel bastante passivo em relação às suas reais potencialidades. O aluno tem capacidade de ir muito além, ele está pronto. Porém, a escola impõe modelos autoritários, voltando ao começo, quando o professor controlava e o aluno executava. E isso não o motiva. Por isso, a mudança mais séria deve vir mesmo dos professores. O novo professor dialoga e aprende com o aluno. Isso pressupõe uma certa humildade que nos custa como adultos a ter. Nós queremos ter a última palavra.
Novamente baseado em suas experiências em sala de aula, o senhor observa que muitas vezes a navegação é mais sedutora que o trabalho de interpretação e concentração que a pesquisa exige e o professor deve estar atento para evitar que os alunos sejam muito dispersos em suas pesquisas. Isso significa que o professor terá, diante da tecnologia, de reproduzir o modelo de controle a que o senhor se opõe?
Prof. José Manuel Moran - Essa é uma questão difícil de resolver na prática. Muitos alunos estão numa fase da vida ainda de deslumbramento, estão curiosos. Eles não têm organização e maturidade para se concentrar em um só tema durante uma hora. Então eles abrem mil páginas ao mesmo tempo, se deixam naturalmente seduzir por certos temas musicais ou eróticos, conforme a sua idade. Esse conjunto de questões dificulta o trabalho com um tema específico. Essa também não é uma questão meramente da tecnologia ou do professor, mas da dificuldade de concentração diante de tantos estímulos.
Prof. José Manuel Moran -
Prof. José Manuel Moran - Eu percebo que as atitudes vão mudando aos poucos, que já houve resistência maior. Mas há professores que inconscientemente fazem o mínimo possível para utilizar a tecnologia, no máximo usam o Word. Eles não usam técnicas de pesquisa ou de apresentação mais avançadas em sala de aula, nem trabalham com criação de páginas. Então há uma parte dos professores de escolas particulares que, mesmo tendo laboratórios e acesso à Internet, resistem a métodos que não sejam tradicionais. Por outro lado, há os que descobrem as novas mídias e esquecem uma série de formas que podem ser interessantes em sala de aula, preferindo sempre jogar os alunos no laboratório, como se fosse uma grande solução. A Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender hoje, da troca, do estudo em grupo, da leitura, do estudo em campo com experiências reais. Equilibrar o melhor do ensino presencial, o estarmos juntos, e o melhor do espaço virtual é básico. Mas ninguém teve experiência até agora com o equilíbrio desses ambientes. Antes aprendíamos juntos apenas em sala de aula, e o aluno tinha de se virar para fazer suas atividades quando não estava na escola. Hoje podemos aprender quando não estamos fisicamente juntos.
O senhor atribui essa resistência ao fato de as novas tecnologias colocarem em xeque a posição do professor como detentor do saber. O aluno pode facilmente pesquisar algum tema e ver que há interpretações divergentes e que aquilo que o professor fala pode não ser bem assim. O senhor sente esse receio nos professores com os quais convive?
Prof. José Manuel Moran - O professor, desde que surgiu o livro, sempre teve um pouco de receio de que o aluno aprendesse outras versões além da dele. Só que hoje você tem muitas outras formas de informações em qualquer mídia, e a Internet agrava ainda mais a sensação de que o aluno pode encontrar informações que o professor não tem. Para o professor inseguro, é uma espécie de desafio encontrar uma prática que não seja a do controle. A tentação desse tipo de professor é fechar em cima de uma única versão. O professor mais maduro trabalha com múltiplas visões, tentando relativizar nosso conhecimento, mostrando que estamos construindo algo que é provisório. A nossa visão agora é esta: eu aprendo com o que o outro me traz. Essa visão é muito mais tranqüila. É a aceitação de que eu não sou onipotente, que não tenho respostas para tudo, não sou enciclopédia. Eu aprendo melhor reconhecendo a minha ignorância.
O senhor insiste em seus textos na importância da maturidade do professor ao lidar com a tecnologia. Quais são as experiências mais maduras que conhece de uso da Internet em sala de aula?
Prof. José Manuel Moran - Hoje há muitas escolas que estão tentando encontrar saídas. O que a maior parte delas faz é colocar os alunos em contato com a Internet em laboratórios e depois buscar atividades principalmente entre grupos que não estão fisicamente juntos. No mundo inteiro se trabalha com esse tipo de projeto. A etapa mais avançada, que começa agora na minha opinião, é desenvolver o conceito de gerenciamento de aula, integrando o que é feito pelos alunos quando estão juntos e fazendo com que o processo de aprendizagem continue quando eles não estão mais juntos. Hoje há uma série de programas de gerenciamento de ambientes virtuais que ajudam a trazer temas para a sala de aula. No fundo, é uma página incrementada com ferramentas de chat e de fórum em que os alunos vão colocar seus textos. Há uma série de softwares como o Eureka, o First Class, o Web Ct e o Blackboard.
De que forma o senhor utiliza esses ambientes virtuais mais integrados em seu processo pedagógico?
O que o senhor teria a dizer a um diretor de escola pública, carente de recursos e com professores que nem sempre são os mais bem qualificados? Nessas circunstâncias é mais indicado investir em tecnologia ou centrar-se na capacitação de professores?
Postado por Ana Beatriz da costa às 08:34 0 comentários
Quem é José Manuel Moran??
Importante para mim saber isso!!!
Biografia
O professor José Manuel Moran nasceu na cidade de Vigo, Espanha, e em 1998 naturalizou-se brasileiro. É doutor em Ciências da Comunicação, com habilitação em Rádio e Televisão pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, e bacharel em Televisão pela Escuela de Ciencias de la Educación y Comunicación Social da Universidad del Salvador, Buenos Aires. Atualmente é professor de Novas Tecnologias no Curso de Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP e desenvolve pesquisa sobre como integrar a comunicação interpessoal e as novas tecnologias à educação. É ainda consultor "ad hoc" do CNPq, da FAPESP e da CAPES.
Postado por Ana Beatriz da costa às 08:24 2 comentários